quinta-feira, 24 de março de 2011

Temer diz que PMDB terá candidato próprio em 2014

24/03/2011


Estratégia peemedebista começa a ser traçada desde cedo. E a aliança?
O presidente licenciado do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, propôs, numa reunião com lideranças do Partido, que seja escolhido um candidato próprio nas eleições presidenciais em 2014. “Eu proponho que, daqui a quatro anos, nós lancemos um candidato à Presidência. E depois que ganharmos vamos dizer que não somos fisiologistas, vamos deixar que eles (outros partidos) escolham os cargos. Nós temos, sim, direito de ocupar cargos”, disse Temer.

Michel Temer discursa no evento de comemoração dos 45 anos de fundação do PMDB.

Estratégia

Temer insistiu na unanimidade do PMDB nas votações no Congresso Nacional, dizendo que “ Ou votamos todos contra, ou votamos todos a favor. É isso que nos dá respeitabilidade. Se pudermos ter esta unidade absoluta, teremos uma respeitabilidade absoluta”, disse ele.
O evento que marcou os 45 anos do PMDB reuniu parlamentares, governadores e lideranças do partido. Nele foi aprovada a obrigatoriedade de cursos de formação para todos os candidatos nas eleições de 2012.

Ainda presidente

Temer teve o mandato como presidente do partido renovado até março de 2013, assim como todos os demais integrantes da Comissão Executiva Nacional, estaduais e municipais. No momento, porém, o comando do PMDB é exercido pelo presidente interino, senador Valdir Raupp, diante do licenciamento de Temer. A reunião da Comissão Executiva Nacional marcou os 45 anos do PMDB.

Candidatos nos municípios

Durante a reunião no Congresso, antes da festa, o PMDB aprovou recomendação para lançar candidato próprio em todos os municípios em 2012. “A intenção é fortalecer o partido”, explica o deputado Valdir Raupp, pondo em relevo as cidades com mais de 200 mil habitantes.

Antecedentes

A tese da candidatura presidencial própria no PMDB não é nova. No início do segundo mandato de Lula, quando Temer foi eleito pela primeira vez, ele chegou a falar a respeito, em seu pronunciamento. As expectativas foram fortalecidas nos meses seguintes quando ele se reuniu várias vezes com o governador mineiro, o tucano Aécio Neves, fortalecendo a versão de que ele voltaria ao PMDB com esse propósito. Nada, porém, evoluiu. Em contrapartida o Partido se fortaleceu diante do governo, graças a sua forte base parlamentar participando, inclusive, do seu Conselho Político e indicando o candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff, o próprio Temer.

Dilma em Portugal

A presidente Dilma Rousseff vai conceder entrevista, quarta-feira, no Palácio do Planalto, para a rede SIC, emissora de TV portuguesa. Ela prepara a viagem que fará a Portugal entre os próximos dias 29 e 31. Será a segunda viagem (já confirmada) desde a posse, depois de ter visitado a Argentina. Lula, que também vai, deverá receber em Lisboa título de honoris causa, concedido pela Universidade de Coimbra. Dilma desenvolverá programação paralela, mantendo encontro previsto com o presidente de Portugal, Cavaco Silva, e com o primeiro-ministro, José Sócrates.

Reforma eleitoral

As bancadas do PMDB e de partidos da base aliada se reuniram para discutir a proposta sobre o modelo de sistema eleitoral na Comissão de Reforma Política. Ao fim da reunião, ainda sem uma definição sobre como votará, o PMDB saiu com a “tendência” de optar pelo modelo majoritário. O vice-presidente da República, Michel Temer, defendeu o voto majoritário, mas disse que o mais importante é que a decisão seja “uniforme”. “Pessoalmente acho que se nós adotássemos, na sua pureza, o sistema majoritário, seria mais justo”. Temer ressalvou que o assunto ainda não é consenso na base aliada e que o PT não concorda com essa posição. “Para trazer o PT eu acho que seria preciso amalgamar o voto majoritário com voto em lista”.

Opções

O PSDB também reuniu seus quadros para debater o mesmo tema. A proposta mais aceita pelo partido é a do sistema distrital misto, em que uma parte dos candidatos seja eleita em votação majoritária e outra em lista fechada. O ex-governador de São Paulo, José Serra, participou da reunião e disse que nas eleições municipais a partir de 2012, em cidades com mais de 200 mil habitantes, deveria ser implementado o sistema distrital puro. “As grandes cidades do Brasil seriam divididas em distritos. Isso aproxima muito o eleitor da pessoa que foi eleita”.
Já o PT tem defendido, para as câmaras de deputados e municipais, o modelo proporcional com lista fechada e sem coligações partidárias. Apesar disso, o partido deverá reunir as suas bancadas do Congresso Nacional na próxima terça-feira para definir uma posição.
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