domingo, 17 de abril de 2011

Projeto do Cais Mauá depende da presidente Dilma

publicado originalmente no Jornal do Comércio, de 15/04/11.


por Jefferson Klein

foto: CACO ARGEMI/PALÁCIO PIRATINI/JC
Integrantes do consórcio vencedor da licitação apresentaram o projeto ao governador Tarso.
 
Integrantes do consórcio vencedor da licitação apresentaram o projeto ao governador Tarso.
O início das obras de revitalização do Cais Mauá do porto da Capital gaúcha depende da permissão da União, para que o governo do Estado assuma o domínio da área. O governador Tarso Genro informa que o processo, chamado de desafetação, precisa ser determinado por decreto da presidente Dilma Rousseff. A solicitação para realizar essa ação já foi encaminhada para o Palácio do Planalto há cerca de 15 dias, revela o governador.
Na tarde de quinta-feira, Tarso e integrantes dos governos estadual e municipal reuniram-se com representantes do consórcio Porto Cais Mauá Brasil (vencedor da licitação do empreendimento e formado por quatro empresas espanholas e uma brasileira - a Contern, que pertence ao Grupo Bertin). Durante o encontro, que durou cerca de uma hora na ala residencial do Palácio Piratini, foi feita a apresentação do projeto.
Tarso adianta que o governo estadual fará um estudo interno, mais detalhado, para determinar se será feita alguma proposta de retificação. O modelo de remuneração e de aporte de recursos, da cidade e do Estado, será examinado com mais profundidade, segundo ele. Na reunião foi analisada apenas a parte arquitetônica do empreendimento. "Mas, o projeto é muito bom, muito interessante, similar ao de Barcelona", diz. Ele acredita que as obras podem ser iniciadas ainda
neste ano.
Contudo, para isso ocorrer, a desafetação é necessária para resolver os questionamentos que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) fez à iniciativa. A entidade defende que a responsabilidade da área portuária cabe à União. O chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, espera que nos próximos dias a situação seja solucionada. "O governo do Estado tem todo o interesse nesse projeto e está trabalhando para viabilizá-lo", enfatiza Pestana.

O conjunto da revitalização contemplará a instalação de restaurantes, centros de lazer, áreas públicas, shopping, hotel e centro de convenções, entre outros atrativos. O investimento será de cerca de R$ 450 milhões. Em troca, o grupo privado poderá explorar o espaço por 25 anos. Ainda consta no acordo assinado no final do governo de Yeda Crusius o ressarcimento quanto ao uso de prédios públicos e um aluguel de R$ 2,5 milhões ao ano a ser pago para o Estado.

O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, destaca que a meta é que a obra fique pronta até a Copa do Mundo de futebol de 2014, para que seja um ponto de atração turística. Entre as determinações do projeto, o prefeito cita o fato de que o muro da Avenida Mauá não será derrubado. No entanto, para embelezá-lo, será criada uma cascata de água na extensão da estrutura. 

Nota do Ferreiro da Política: Finalmente, aparece uma manifestação de que o Projeto do Cais do Porto será analisado pelo novo governo e poderá sofrer alguma mudança. Após, todo debate realizado quando da tramitação do mesmo na Câmara de Vereadores é impossível que o Governo Tarso Genro, simplesmente, toque o projeto se fazer nenhuma revisão. Chamo a atenção para a construção de prédios com cem metros de altura, a conmstrução de um centro comercial nas imediações da Usina do Gasômetro e a própria equação financeira. Além disso, também, deve ser estudado com muito cuidado o adensamento populacional que ocorrerá na região e  seus reflexos no trânsito e circulação.


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