quinta-feira, 28 de abril de 2011

Eleição deixou lições mas também desafios




Partidos de oposição vivem efeitos de uma nova derrota 

Com três derrotas seguidas para a Presidência, duas com José Serra e outra com Geraldo Alckmin, o PSDB vive agora um cenário interno marcado por discussões e propostas. E nelas até uma fusão com o DEM que vive situação semelhante é admitida. Dois outros partidos de expressão, o PT e o PMDB, já passaram por situações semelhantes. O primeiro diante de derrotas em 1989, 94 e 98, todas com Lula e o PMDB nas duas tentativas com Ulysses Guimarães e Orestes Quércia. A recuperação não foi fácil e envolveu alianças com outros partidos ou mudanças de estratégia. Já o PT preferiu apostar na sua principal liderança em três eleições sucessivas, beneficiando-se do desgaste adversário a partir de 2002. Nessa fase, é bom lembrar, o PMDB também vivia várias e diversificadas situações, passando até por dissidências e alianças, estas ora com o PSDB, ora com o PT, mas sempre apostando na preservação de sua força parlamentar e estruturas estaduais. Estas acabaram conservadas e foram responsáveis por seu reerguimento agora.

Agripino Maia e Fernando Henrique Cardoso durante encontro no Senado.
O caso do PSDB é mais problemático? Até pode ser na medida em que perdeu parte de sua representação parlamentar e vive uma disputa interna. Verdade é que ainda dispõe dos expressivos governos de São Paulo e Minas, mas o primeiro, que está sob seu comando desde Mário Covas, enfrenta também problemas inesperados com o surgimento de um novo Partido, liderado pelo prefeito da capital paulista, ex-aliado e cujas adesões preocupam. Não estão faltando manifestações e conselhos de seu líder maior, Fernando Henrique, mas a dúvida que parece instalada no tucanato envolve também aspirações de Aécio Neves e José Serra e respectivos grupos. Aí residiria uma das diferenças da postura de outros partidos nos tempos adversos. A liderança maior, no caso do PT, mantinha viva o projeto ainda que adotando novas estratégias, ora com postura nova diante de crises econômicas ou buscando um nome confiável para a vice-presidência, fora de seus quadros.
O cenário político-partidário está assim com suas atenções divididas entre o desempenho da primeira mulher presidente de um lado e o futuro da oposição, tantos os problemas que esta têm pela frente e que não se limitam aos rescaldos da última derrota, embora ela tenha pesado.

PSDB se defende...

Uma forma de prestigiar os tucanos que permaneceram no Partido foi adotada, ontem, pela direção do PSDB. Assim terão cargos na Executiva Municipal 5 dos 7 vereadores que permaneceram na legenda. A bancada que tinha 13 vereadores, perdeu seis nas últimas semanas.

DEM e fusão

O presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia já admite a possibilidade de fusão da sigla com o PSDB. Ontem, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso afirmou que "existem propostas" em andamento e que a preocupação é "manter a coesão dos partidos. "É algo a ser considerado, mas no momento apropriado", disse o dirigente do DEM, José Agripino. De acordo com o senador, as conversas com o PSDB são informais, e o assunto não é prioridade no partido, mas admitiu: " É uma possibilidade, e possibilidade é apenas possibilidade"... 


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