quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ações próximo período

A vitória eleitoral do PT e seus aliados, através da eleição da Companheira Dilma, foi o reconhecimento do projeto vitorioso do Governo Lula e de suas políticas sociais e desenvolvimento econômico, as quais permitiram a inclusão e o resgate da miséria de milhões de famílias. Para além disso, impingiu uma derrota ao bloco demo-tucano que se aliou a setores ultraconservadores através de bandeiras típicas da TFP como o tema do aborto e da religião.
A emblemática vitória eleitoral da coligação Unidade Popular pelo Rio Grande (PT/PSB/PCdoB/PR), no 1º turno, foi uma resposta da população aos desmandos e desvios de corrupção dos Governos Yeda e Fogaça. Também, foi o reconhecimento e o entendimento das propostas contidas no programa de governo que apontou para a recuperação do investimento público, para o fortalecimento do papel indutor do estado, na recuperação da segurança pública e na construção de políticas sociais em consonância com o governo Lula e o futuro governo Dilma. Devemos destacar também, o papel dos Movimentos Sociais e dos servidores públicos que foram importantes na mobilização do Fora Yeda, no Plebiscito sobre a Orla do Guaíba, para impedir a venda do terreno da FASE
O PT ter elegido a maior bancada de Deputados Estaduais (14) e ter eleito o maior número de Dep. Federais (8) é muito significativo e aliado a eleição do Senador Paim, demonstra a capacidade que tivemos de fazer uma campanha propositiva e que atingiu boa parcela da população gaúcha.
O resultado eleitoral do segundo turno no RS e em Porto Alegre, entretanto, deve servir de alerta para todos nós. Devemos fazer uma análise profunda da contradição entre a vitória de Serra e os excelentes resultados que tivemos no primeiro turno com a vitória de Tarso. A votação da candidata Marina Silva, no 1º turno (725.580 votos no RS e 150.083 em Porto Alegre), deveriam ter servido de alerta para as dificuldades que viriam no segundo turno, entretanto, de maneira geral, entendemos que esses eram votos de protesto e boa parcela retornariam a nós no 2º turno. Não foi o que aconteceu.
A derrota de Dilma por 93.122 votos, em Porto Alegre, foi determinante para a vitória de Serra no RS, cuja diferença foi de 119.446 votos. Esses resultados e a integração do PDT ao governo estadual são elementos que devem compor as análises que faremos para nossa atuação no próximo período, visando à eleição de 2012.
É verdade que Fortunati deverá tentar mudar o perfil do governo municipal para definir a sua marca, a fim de buscar sua reeleição. Entretanto, não é menos verdade, que seu governo é a continuidade e o complemento do Governo Fogaça. Assim, é um governo que deve responder solidariamente por alguns esqueletos no armário: caso Reação, Caso Sollus, Caos da Saúde, corrupção nas licitações do Programa Integrado Sócio-Ambiental, corrupção no DMLU, etc.
Assim, como no último período a participação do PDT no Governo Lula, não determinou um alinhamento automático aqui no RS, tanto que apoiaram e indicaram o vice de Fogaça nas eleições municipais e estaduais, a participação do PDT no governo da Unidade Popular pelo Rio Grande não impõe nenhum um alinhamento automático.
O cenário que se abre ao bloco democrático popular é promissor no RS e, portanto, podemos criar as condições para termos um bom desempenho eleitoral nas eleições municipais, em especial em Porto Alegre. Desta forma o PT deve estabelecer um calendário de debates para avaliação do resultado eleitoral e das perspectivas dos governos Tarso e Dilma, que envolva todas as zonais e instâncias partidárias. Também devemos dedicar uma atenção especial para a eleição dos Conselhos Tutelares para melhorar a nossa participação neste importante instrumento de construção de políticas públicas ás crianças e adolescentes.

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