quinta-feira, 10 de abril de 2014

RELATIVIDADE E PESQUISAS, por José Reis*





Olhando com mais atenção os dados da pesquisa Ibope, divulgada no dia 06/04, podemos fazer uma leitura diferenciada do que foi divulgado.
Em primeiro lugar, a ênfase dada foi aos números da pesquisa induzida, ou seja, quando se apresentam os nomes dos possíveis candidatos. Neste cenário, a candidata Ana Amélia tem 38%, das intenções de votos, enquanto o gov Tarso Genro tem 31%.
Ao olharmos a pesquisa espontânea, onde não são apresentados os nomes, o pesquisado responde de memória, portanto demonstrando a consolidação do voto, o cenário inverte-se. Nesse caso, Tarso tem 11% das intenções de votos, contra 8% de sua adversária.
Analisando um pouco mais, veremos que dos pesquisados 24% declaram votos, 5% votaria em branco ou nulo e 71% não sabem/não responderam.
Façamos o seguinte exercício com os dados disponíveis. Se 24% estariam definidos e destes 11%, votariam em Tarso, temos que este conta com 45,83% das intenções de votos já definidas. Ana Amélia, respectivamente, contaria com 33,33%, dos mesmos.
Isto é, a divulgação da pesquisa poderia ser feita com a seguinte chamada: TARSO VENCERIA A ELEIÇÃO COM 45,85%, CONTRA 33,33% de Ana Amélia, ANALISANDO OS ELEITORES JÁ DEFINIDOS.
Por isso, que analistas e políticos precisam ter cautela com a avaliação das pesquisas, em especial com a relatividade dos números publicados.

* economista e cientista político.


ps.: depois de um longo período, estou reativando o blog FERREIRO DA POLÍTICA.

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